Houve um tempo — não tão distante assim — em que soltar pipas era sinônimo de liberdade, alegria e céu colorido.
As crianças corriam pelos campos com suas pipas artesanais, feitas com cuidado e criatividade. Havia campeonatos nas escolas, pais ajudando os filhos a montar papagaios, e o céu se enchia de traços dançantes que encantavam os olhos e aqueciam o coração. Era um tempo bonito... um tempo que deixava saudade.
Infelizmente, algo mudou.
Recebemos no portal jornaldebonfim.com.br uma denúncia anônima que nos deixou profundamente entristecidos — e preocupados. Um morador de Bonfim Paulista está, segundo relatos, vendendo cerol para crianças da região. O cerol, mistura cortante feita com cola e vidro moído, tem transformado uma doce brincadeira em uma ameaça silenciosa e perigosa.
Uma das crianças envolvidas em uma dessas solturas de pipa foi gravemente ferida. Durante a “brincadeira”, a linha com cerol de outro participante se aproximou do seu pescoço. Num reflexo instintivo e desesperado, a criança colocou as mãos na garganta — o que evitou algo ainda pior.
Ela sofreu cortes profundos nos dedos e escoriações na altura da garganta. Foi prontamente socorrida e agora está em recuperação.
Mas as marcas mais profundas, como sabemos, nem sempre são visíveis. O medo, o susto e o trauma permanecem — e deixam um alerta para toda a comunidade.
A venda de cerol é crime. O uso também é proibido e extremamente perigoso, tanto para quem solta a pipa quanto para pedestres, ciclistas e motociclistas, que podem sofrer acidentes fatais.
Mais do que isso: onde estão os adultos que deveriam proteger as crianças?
Como chegamos a esse ponto, em que a infância é usada como veículo para um “jogo” que carrega consequências tão graves?
É necessário que pais, responsáveis e a sociedade como um todo estejam atentos e vigilantes. Saber o que seus filhos estão comprando, com quem estão andando, e principalmente, o que estão aprendendo sobre certo e errado.
Nossa intenção com esta matéria não é gerar pânico, mas sim trazer um chamado à responsabilidade.
Não podemos aceitar que tradições bonitas sejam deturpadas por práticas perigosas.
Não podemos silenciar diante de atitudes que colocam vidas em risco.
E não podemos esquecer: o céu, um dia, foi um lugar seguro para nossas pipas. E pode voltar a ser.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima através dos canais oficiais da Polícia Militar ou da Guarda Civil.
Compartilhe esta matéria. Converse com seus filhos. Esteja presente.
A infância precisa — e merece — ser protegida.
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