A anfitriã da tarde foi a querida Delfina, moradora antiga da cidade, conhecida por sua dedicação à família, aos filhos, netos e amigos. Ao longo da juventude, Delfina sempre foi referência de acolhimento, generosidade e alegria. Mesmo com as atribuições da vida cotidiana, nunca deixou de colocar o bem-estar dos outros em primeiro lugar.
Após a aposentadoria, encontrou uma nova missão: manter vivas as tradições afetivas e culturais que unem gerações. Sua casa se transformou em um espaço de encontro e carinho, onde as amigas se reuniam para tardes de bordados, crochê, conversas leves e boas risadas, sempre acompanhadas de chá e café fresquinhos.
Mas a pandemia chegou e, com ela, o silêncio. O distanciamento social impôs ausências, algumas definitivas. Muitas das amigas de Delfina, já com mais de 70 anos — algumas superando os 90 — viram-se isoladas, cada uma enfrentando os próprios desafios do envelhecer, da solidão e da saudade.
Por isso, o reencontro promovido por Delfina tem um valor ainda maior. Não foi apenas uma reunião de senhoras com agulhas e linhas nas mãos. Foi um ato de resistência emocional. Uma celebração da vida, da amizade e da força feminina. Foi, acima de tudo, um lembrete de que cuidar dos laços afetivos também é cuidar da saúde mental.
Especialistas em saúde emocional destacam a importância de momentos como esse para o bem-estar dos idosos. Estudos comprovam que o convívio social, a sensação de pertencimento e o cultivo de amizades reduzem quadros de depressão, ansiedade e até mesmo problemas cognitivos.
A tarde, marcada por risos, abraços e muitas lembranças, mostrou que, mesmo com o passar do tempo e as inevitáveis perdas, ainda é possível recomeçar. E que, às vezes, tudo o que precisamos é de alguém como Delfina — que nos lembre do poder transformador de um encontro sincero, de uma roda de conversa, de um ponto de crochê e de uma xícara de café compartilhada.
Delfina nos ensina, com simplicidade e grandeza, que cultivar amizades é uma das formas mais bonitas de continuar florescendo, mesmo nas estações mais difíceis da vida.
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