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Entrevista Empreendedorismo

Sabrina Macário: Como transformar desafios em oportunidades

Conheça como nasceu o ConecTwoo, o instituto que ensina empreender e superar obstáculos

09/02/2025 19h47
Por: Redação Fonte: Redação
Sabrina Macário: Como transformar desafios em oportunidades

Nesta entrevista inspiradora, Sabrina Macário, uma líder visionária, compartilha sua jornada marcada por determinação, propósito e um compromisso inabalável com o impacto social. Fundadora do Instituto ConecTwoo que nasceu em meio à pandemia, ela revela como transformou desafios em oportunidades, investindo todos os lucros de suas empresas na capacitação de jovens aprendizes, afroempreendedores e mulheres. Com um estilo de vida guiado por propósito, ela reflete sobre o verdadeiro significado de sucesso, destacando que cada conquista resulta de trabalho árduo, ética e a vontade de servir ao próximo. Ao longo da conversa, conhecemos a trajetória de quem acredita que o esforço é a base para construir algo maior, provando que o legado mais valioso é aquele que transforma vidas.

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Aloma Bueno: Qual é o seu nome completo e como foi sua infância?

Sabrina Macário: Meu nome é Sabrina Macário Rigobello. Nasci em Ribeirão Preto, em 1980. Sou a mais velha de três irmãos do primeiro casamento do meu pai, ele se separou da minha mãe quando eu tinha oito anos. Foi um período difícil. Meu avô, que era uma figura paterna para mim, faleceu pouco depois da separação. Apesar das dificuldades, continuamos em Ribeirão, e tenho boas relações com minhas outras três irmãs, filhas do casamento seguinte do meu pai.

Aloma Bueno: Sabrina, você tem um sorriso marcante. Como você lida com isso?

Sabrina Macário: (risos) Interessante você perguntar isso, Aloma, porque eu tenho vergonha do meu sorriso. Mas acredito que o que as pessoas veem de bonito nele é a autenticidade. Sou muito transparente, então se estou brava, mostro; se estou feliz, também. Eu pratico gratidão de forma verdadeira, e isso transparece. Coisas simples como admirar um céu azul ou ouvir os pássaros me fazem sorrir de alma. Talvez eu ainda não perceba totalmente essa beleza, mas fico grata pelo elogio.

Aloma Bueno: Você é vendedora e mentora. Como começou essa jornada?

Sabrina Macário: Acredito que nasci empreendedora! Sempre tive um olhar cuidadoso com as pessoas e os processos. Desde os 13 anos, empreendo. Minha mãe era concursada, mas também empreendia como hobby, o que me influenciou muito. Comecei vendendo artesanato na feirinha da Catedral em Ribeirão. Depois, em todas as empresas onde trabalhei, rapidamente assumia cargos de liderança. A liderança e a comunicação sempre foram naturais para mim, mesmo quando era criança.

Aloma Bueno: Como você se preparou academicamente para esse caminho?

Sabrina Macário: A vida ensina muito, mas também me formei em Comunicação e Marketing pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Além disso, negociei bolsas de estudos com meus empregadores para fazer cursos e MBAs. Tenho formação em Gestão de Qualidade, Marketing Estratégico, Gestão do Luxo e Neuromarketing. Ultimamente, estudo bastante sobre tecnologia e empreendedorismo social, além de praticar muito autoconhecimento.

Aloma Bueno: E nas horas vagas, o que você faz para relaxar?

Sabrina Macário: Horas vagas? (risos) Queria saber onde compra! Desde que assumi meu trabalho no terceiro setor, elas sumiram. Mas eu amo o que faço. Apesar de todo o cansaço, não consigo parar. Mesmo assim, preciso me permitir pequenos momentos para não me cobrar tanto. Amo teatro, música e arte, e estou tentando resgatar isso para 2025.

Aloma Bueno: Você mencionou ser casada. Como concilia a vida profissional com o casamento?

Sabrina Macário: Na verdade, eu e Fábio somos parceiros e empreendedores, mas nos consideramos mais namorados do que casados, porque ainda não oficializamos. Estive casada por 17 anos anteriormente e tenho um filho desse relacionamento. Com Fábio, temos um equilíbrio baseado em apoio mútuo e respeito pelo que cada um faz.

Aloma Bueno: Você mencionou que não foi sorte, mas muito suor e dedicação. Pode compartilhar algum momento específico em que você percebeu que todo o esforço estava valendo a pena?

Sabrina Macário: Houve um momento muito marcante, quando vi que o Instituto estava realmente impactando vidas. Eu me lembro de uma mulher, empreendedora, que veio até mim e disse: "Graças ao que aprendi aqui, consegui estruturar meu negócio e mudar a vida da minha família." Esse tipo de retorno mostra que todo o sacrifício, cada noite mal dormida, valeu a pena. Não é sobre sorte, é sobre plantar e colher.

Aloma Bueno: Quais são os maiores desafios que você enfrentou ao investir todo o lucro das suas empresas no Instituto?

Sabrina Macário: O maior desafio é lidar com o julgamento das pessoas. Muitas vezes ouço: "Você está deixando de ganhar, poderia estar comprando um carro novo ou viajando." Mas minha escolha é clara. Prefiro investir no Instituto porque sinto que estou cumprindo um propósito maior. Isso exige abrir mão de muitas coisas pessoais, mas é recompensador.

Aloma Bueno: Sobre as oportunidades que surgiram, você acredita que elas vieram pelo esforço ou houve algum outro fator?

Sabrina Macário: Com certeza pelo esforço! As oportunidades que surgem são resultado de um trabalho bem-feito, ético e transparente. Plantei uma boa semente lá atrás, e hoje colho frutos saudáveis. Não é sorte, é mérito, é resultado de cada escolha feita com responsabilidade.

Aloma Bueno: Como surgiu a ideia de criar o portal para empreendedoras do grupo “Delas Empreendedoras”?

Sabrina Macário: A ideia nasceu quando observei a falta de organização dentro do grupo. Havia muitas mulheres talentosas, mas a comunicação era caótica. Então, pensei: por que não criar um portal onde elas possam divulgar seus produtos de forma categorizada e profissional? Levei a ideia ao Fábio, que desenvolveu o protótipo, e assim começamos a trabalhar na proposta.

Aloma Bueno: Você mencionou que o Instituto nasceu de um propósito durante a pandemia. Como foi esse processo de idealização e criação?

Sabrina Macário: Foi um processo intenso. Durante a pandemia, percebi que muitas pessoas não entendiam como usar as tecnologias de forma ética e responsável. Fiquei inquieta com isso e decidi que precisava fazer algo além de oferecer serviços de marketing. Fábio e eu estudamos profundamente o terceiro setor, desenhamos o projeto e criamos o Instituto para capacitar pessoas de diferentes perfis.

Aloma Bueno: O Instituto atende a diferentes públicos, como jovens aprendizes e afroempreendedores. Como vocês estruturam esses programas?

Sabrina Macário: Temos programas específicos para cada público, com foco em desenvolvimento técnico e comportamental. O objetivo é oferecer capacitação adaptada às necessidades de cada grupo, sempre buscando criar oportunidades reais e duradouras.

 

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Vitória LucianaHá 1 mês Ribeirão Preto - São Paulo Excelente Matéria. A dedicação da Sabrina na idealização e concepção do Instituto é realmente inspiradora!
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