Produção de café no Brasil: Principais regiões, produtividade, exportações e influência do clima

Principais Regiões Cafeeiras  
As principais regiões produtoras de café no Brasil são:  
- Minas Gerais: Maior produtor nacional, destacando-se as sub-regiões:  
  - Sul de Minas (café arábica de alta qualidade).  
  - Cerrado Mineiro (clima seco e tecnologia avançada, com Denominação de Origem).  
  - Matas de Minas (tradição cafeeira e relevo acidentado).  
- Espírito Santo: Maior produtor de robusta (conilon), especialmente no norte do estado.  
- São Paulo: Regiões como Mogiana e Centro-Oeste Paulista (arábica).  
- Bahia: Crescente produção de robusta no oeste do estado e arábica na Chapada Diamantina.  
- Paraná: Retomou a produção após geadas históricas, focando em variedades resistentes.  

 Produtividade da Última Safra (2023/2024)
- Volume total: Estimado em 54,94 milhões de sacas (CONAB, junho/2024), com:  
  - 37,07 milhões de sacas de arábica.  
  - 17,87 milhões de sacas de robusta.  
- Produtividade média: Aproximadamente **30,3 sacas/hectare**, varia conforme a região (ex: Cerrado Mineiro pode ultrapassar 35 sacas/ha).  

Volume Exportado (2023)  
- Total exportado: 45,3 milhões de sacas (Cecafé, 2023), um recorde histórico.  
- Principais destinos: Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão.  
- Formato: Maioria em grãos verdes (85%), seguido por solúvel (11%) e torrado/moído (4%).  

Influência do Clima na Produção  
- Fatores recentes (2023/2024):  
  - El Niño: Trouxe chuvas regulares para Minas Gerais e São Paulo, beneficiando o arábica.  
  - Excesso de chuva no Espírito Santo: Atrasou a colheita do robusta e afetou a qualidade em algumas áreas.  
  - Ausência de geadas: Diferente de 2021, não houve eventos climáticos extremos em 2023.  
- Desafios futuros:  
  - Mudanças climáticas: Aumento de temperaturas e irregularidade de chuvas exigem adaptações (ex: irrigação e cultivares resistentes).  
  - Bienalidade: Safra 2023/2024 é de "ano baixo" do ciclo bienal do arábica, mas ainda assim manteve volumes elevados devido à tecnologia.  

Portanto, o Brasil mantém sua liderança global na cafeicultura, com alta produtividade e resiliência climática, embora desafios como a sustentabilidade e a adaptação às mudanças climáticas sejam prioritários para o setor.