O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira, a decisão de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, elevando-a de 12,25% para 13,25% ao ano. Esta é a quarta alta consecutiva promovida pelo comitê, em um movimento que reflete a preocupação com o controle da inflação e a desvalorização do real frente ao dólar.
O Copom justificou a decisão citando a necessidade de "ancorar as expectativas de inflação" e garantir que os preços voltem a convergir para a meta nos próximos anos. O comitê também destacou o cenário externo desafiador, com a guerra na Ucrânia, a alta dos preços das commodities e a política monetária mais restritiva nos Estados Unidos, que têm impactado a economia global.
Impactos para a economia e os consumidores
Com a Selic em 13,25%, o Brasil mantém uma das taxas de juros reais mais altas do mundo, o que pode atrair investidores estrangeiros em busca de retornos elevados. No entanto, o custo do crédito para empresas e consumidores tende a aumentar, o que pode frear o consumo e o investimento, impactando o crescimento econômico.
Para o consumidor, o aumento da Selic significa juros mais altos em empréstimos, financiamentos e cartões de crédito. Por outro lado, aplicações financeiras como a poupança e títulos públicos podem render mais, embora o ganho real (descontada a inflação) ainda seja questionável.
Perspectivas futuras
O Copom sinalizou que o ciclo de alta de juros pode estar próximo do fim, mas não descartou novos ajustes caso o cenário inflacionário não melhore. A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano em 13,75%, com possibilidade de reduções a partir de 2026, dependendo do comportamento da inflação e da economia global.
Enquanto isso, o governo e o Banco Central seguem em uma delicada busca pelo equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico, em um cenário marcado por incertezas e desafios.
Fonte: Pleno.News
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